FRUSTRAÇÃO

Sinto-me frustrado. Tão somente isso. Não sei por que, não consigo explicar. Sinto-me cansado, desmotivado, tenho vários pensamentos por segundo, mas todos desordenados e não consigo escrever tudo o que penso. Talvez esse seja o motivo. Cada ação é um fardo e mesmo uma vitória eu conseguiria desfrutar. Não hoje. Nem amanhã. Tudo é chato e desinteressante. As pessoas, suas existências, se tornaram medíocres aos meus olhos. Começo a sentir aversão ao tentar me entrosar, “fazer parte do time”. Todo dia parece ser o mesmo. Toda pessoas que encontro não difere da anterior, tanto fisicamente, quanto em seu conteúdo. Sinto medo. E raiva também. Às vezes tenho vontade de dar um soco na cara de alguém. E isso inclui mulheres. Principalmente mulheres. Parecem só ter três coisas na cabeça: novelas, fofocas e homens. E isso quando não resmungam das coisas mais medíocres possíveis. E isso me irrita muito. Pessoas superficiais se tornaram as mulheres. Não suporto a superficialidade. Isso me cansa. E me frustra. Gosto de conversar. Gosto mesmo. Mas isso também tornou-se um fardo. Conversar. Abrir a boca. Interagir. SACO!
Sinto sono. Sinto-me pra baixo. De fato, eu mal me sinto. Há uns 12 anos, talvez mais, criei esse mecanismo de defesa. Eu não me exponho mais. Não digo o que eu penso ou o que eu sinto. Não mais. Só pela Internet, talvez. Quando as pessoas descobrem o verdadeiro “eu” do outro, o exploram e o castigam, o punem por ser o que é, e o condenam por este não ser o que deveria ser. E isso é terrível. É “animalístico” em muitos níveis. Gostaria de ver a reação das pessoas quando lêem o que eu escrevo. Deve ser interessante. Mas não muito. Pelo menos, não o suficiente para acabarem com a frustração. E o tédio. Ultimamente me entedio com facilidade. Rotina. Odeio. Mas não consigo me livrar dela. Tudo é um saco. Tudo é uma chateação. Sinto a vontade de desaparecer para onde ninguém me conheça. Ou talvez para onde ninguém exista.
E isso me frustra. Porque eu não consigo fugir de mim mesmo. Não ainda.
Já pararam para pensar quanto tempo conseguiriam passar sem tocarem outro ser humano? Já pararam para pensar o que isso acarretaria: a ausência do tato?
Estou prestes a descobrir.
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