(POESIA) O POR QUÊ DE ESCREVER (PARTE 4)

Escrever... Escrever o que?
Escrever o que for,
só pela necessidade,
pelo prazer de escrever.
Não sei o que escrever,
Apenas o quero fazer.

Escrever para poder
Sentir o prazer de ler.
Vontade de escrever,
É irrelevante
Pensar também.
Pode se tornar maçante.

Mesmo que escrever
e pensar não rimem,
escreva antes que as idéias
o abandonem,
e te deixem só
ou outrem;

Te largam, te deixam de lado,
Voam de uma mente trabalhadora
Entram por um ouvido enevoado.

Quando os pensamentos fogem
Isso o deixa frustrado.
Frases prontas são esquecidas,
E você fica emburrado.

Quem mandou não gravar,
escrever, editar,
tudo o que pensa, seu tapado?

A minha mente vagueia,
Pensa em coisas que até
Me desnorteia;
Vai à lugares distantes,
Estranhos, esquisitos
E sem habitantes.

É assim que eu funciono.
Quando imagino que nada de bom surgirá,
Nada fantástico, diferente,
Autêntico, imprudente, ocorrerá

Meus olhos esbugalhados ficam
Porque meus pensamentos não cessam
Eles se intensificam,
Crescem, aumentam, enobrecem.

Oh, bem (mal)dita mente
incompreendida,
solitária,
incansável,
alfandegária, desprendida
do incomensurável arbitrário
que se solidifica
sem meu bem-querer,
nessa estranha necessidade,
necessidade essa de escrever.

(Escrita em 06/11/2009)
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